quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Histórias de Jesus - Jesus é Amigo da Marina

Olá amigos!

Cá vem mais uma historinha dos "Livros dos Amigos de Jesus",

Desta vez tratamos o tema da Amizade!
Claro que, da passagem bíblica em questão, poderiam ter surgido muitas outras histórias ligadas a muitos outros temas... Mas esta foi a que surgiu para o efeito...

Esperamos que, tal como os nossos pequenotes, vocês também gostem ;)

(Ricardo Ascensão, Teresa Ascensão, Inês Pintalhão, Sérgio Dinis)

A pecadora arrependida (Lc 7, 36-50)

Um fariseu convidou Jesus para comer consigo. Entrou em casa do fariseu, e pôs-se à mesa. Ora certa mulher, conhecida naquela cidade como pecadora, ao saber que Ele estava à mesa em casa do fariseu, trouxe um frasco de alabastro com perfume. Colocando-se por detrás dele e chorando, começou a banhar-lhe os pés com lágrimas; enxugava-os com os cabelos e beijava-os, ungindo-os com perfume. Vendo isto, o fariseu que o convidara disse para consigo: «Se este homem fosse profeta, saberia quem é e de que espécie é a mulher que lhe está a tocar, porque é uma pecadora!» Então, Jesus disse-lhe: «Simão, tenho uma coisa para te dizer.» «Fala, Mestre» - respondeu ele. «Um prestamista tinha dois devedores: um devia-lhe quinhentos denários e o outro cinquenta. Não tendo eles com que pagar, perdoou aos dois. Qual deles o amará mais?» Simão respondeu: «Aquele a quem perdoou mais, creio eu.» Jesus disse-lhe: «Julgaste bem.» E, voltando-se para a mulher, disse a Simão: «Vês esta mulher? Entrei em tua casa e não me deste água para os pés; ela, porém, banhou-me os pés com as suas lágrimas e enxugou-os com os seus cabelos. Não me deste um ósculo; mas ela, desde que entrou, não deixou de beijar-me os pés. Não me ungiste a cabeça com óleo, e ela ungiu-me os pés com perfume. Por isso, digo-te que lhe são perdoados os seus muitos pecados, porque muito amou; mas àquele a quem pouco se perdoa pouco ama.» Depois, disse à mulher: «Os teus pecados estão perdoados.» Começaram, então, os convivas a dizer entre si: «Quem é este que até perdoa os pecados?» E Jesus disse à mulher: «A tua fé te salvou. Vai em paz.»



Jesus é Amigo da Marina

Certo dia, depois de ter vindo com os seus amigos de uma cidade perto dali, Jesus descansava sentado à sombra de uma árvore muito grande e velhinha...
Quando o sino do templo (uma espécie de igreja do tempo de Jesus) dava as 11 badaladas, saiu de lá um rapaz que conhecia Jesus há já algum tempo... Ao vê-lo alí sentado, correu para junto de Jesus e disse-lhe:
- Olá Jesus, estás bom? Já há algum tempo que não te via por cá! Sabes, já todos comentam que não apareces há muito tempo... Que se passa?
- Olá, Jorge! – disse Jesus – Pois é... Tenho andado por aí... Há muitas pessoas que precisam da minha ajuda... para perceberem melhor o que significa realmente Amar... E eu tento mostrar-lhes com as minhas próprias atitudes... Às vezes nem todos percebem...mas mesmo assim sinto que é muito bom...
- Ah! – disse o Jorge admirado – Olha, Jesus... Eu hoje vou juntar uns amigos lá em casa... E tu podias lá vir... Assim contavas-nos com mais pormenor esses teus encontros com outras pessoas... É que estamos todos muito curiosos... Queres vir?
Jesus aceitou!
Ao fim da tarde, quando o sol já estava a querer esconder-se, e o céu já estava com aquela cor meia avermelhada, Jesus foi caminhando até à casa do Jorge... que não ficava muito longe do templo...
Ao chegar bateu à porta... mas ao mesmo tempo que o fazia, reparou numa rapariga muito triste, sentada no banco de um pequeno jardinzito que ficava ali mesmo ao lado...
Ao princípio não percebeu quem era porque ela tinha os cabelos pela frente da cara... mas ao aproximar-se viu que era a Marina, uma amiga sua...
Sentou-se ao pé dela, e ficou ali em silêncio...
Entretanto o Jorge veio à porta ver quem tinha batido, e viu Jesus com a Marina...
- Oh! Nem vão acreditar... Jesus está ali no jardim com aquela rapariga que no outro dia fez uma confusão em frente ao templo, lembram-se? Ele nem se devia apróximar dela... Que vergonha...
Neste momento já a Marina estava a contar a Jesus o que se tinha passado:
- Sabes, Jesus? Estou muito triste... Há duas semanas, pus-me a puchar os cabelos e a chamar nomes feios a uma vendedora de peixe, nem sei bem porquê... e depois, ao ir-me embora, como estava toda nervosa ainda deitei ao chão com a carteira, um cesto cheio de miniaturas de estátuas do templo que um homem estava lá a vender...
De repente soltou-se uma lágrima do olhito da Marina, mas continuou, enquanto Jesus a ouvia com muita atenção:
-Desde esse dia, todos cá da cidade olham para mim com cara de maus... Chamam-me pecadora... Sinto que já ninguém gosta de mim...
A Marina foi interrompida pelo Jorge que de repente se aproximou deles...
- Jesus, como é que és capaz de me estar a dar uma seca, para estares aqui a falar com esta pecadora? Nem imaginas o que ela fez...
Jesus olhou para o Jorge e perguntou-lhe com muita calma:
- Diz-me Jorge, neste momento quem é que achas que precisa mais da minha amizade? Quem é que achas que precisa mais de mim?
O Jorge só conseguiu dizer: - Mas... Mas ela fez coisas feias...
- Ó Jorge - disse Jesus - por isso mesmo é que ela precisa que eu lhe mostre que sou seu amigo... e a ajude a ganhar a amizade de todos... não achas?
O Jorge, voltou para casa e divertiu-se com os outros amigos...
E o Jesus e a Marina, estiveram a perceber juntos, como poderiam resolver aquele problema, para ganhar a amizade de todos!

ORAÇÃO

Olha, Jesus…
Hoje ajudaste-me a perceber
Que não são só os meus amigos
Que precisam da minha amizade

Ajuda-me a estar atento
Porque há muitos meninos e crescidos
Que precisam que eu seja amigo deles

Oh Jesus, tu és tão meu amigo
que até me fazes ser amigo dos outros também

sábado, 17 de novembro de 2007

A alegria da missão

Olá! Já nao venho aqui faz muito tempo. Mas li e gostei das novidades :) Venho aqui colocar o texto que eu e o o Miguel levámos para a reunião em que se assinalou o Dia Mundial das Missões.
Espero que vos entusiasme a todos como a mim...

"Vão-se os dias e os meses no girar contínuo da roda do tempo, que, como a brisa da tarde e o vento de Inverno, passa voando, deixando no seu rasto melodias de saudade. E assim chega Outubro, responsável e sisudo, pé ante pé. Lembra-nos os nossos compromissos e empenhos. Convida-nos a assumir com valentia e coragem todos os apelos e desafios que a vida nos lança. Sim, porque viver é trabalhar e construir, é colaborar com Deus Criador, aperfeiçoando com Ele a obra começada. Viver é deixar pegadas indeléveis nos pergaminhos da História. É deixar uma recordação meiga de carinho e saudade como um canto de amigo na memória daqueles que connosco percorreram os caminhos da vida.

Em Outubro já estão todos ao trabalho para ganhar o pão com o suor do rosto. Mas também para embelezar o mundo e fazer dele um jardim tão bonito como o de Adão e Eva. Na escola já se controla se os frutos vão amadurecendo ou não; já se verificam os primeiros resultados, preparando assim o resultado final de um ano de trabalho que todos desejamos cheio de êxitos. Para os Invencíveis apaixonados por Cristo, Outubro é o mês da missão. Alguns destes Invencíveis, espalhados pelos quatro cantos do mundo, partilham connosco a alegria que encontram no anúncio do Evangelho e na fidelidade à sua vocação.

O Invencível Valentim partiu de Portugal para anunciar Jesus Cristo em terras do Brasil. E diz ele com grande satisfação: «Na nossa paróquia estão três padres: um português, um italiano e um zairense. Estamos todos empenhados em levar a palavra e a mensagem de Deus a todos os recantos das nossas cidades, especialmente aos jovens, a todos aqueles que anseiam por um mundo melhor e mais bonito.»

Das Filipinas, lá do outro lado do mundo, escreve o invencível Alberto de Oliveira: «Desde que cheguei, os dias têm passado a voar. Sinto-me contente por ter vindo para aqui. Foi para mim motivo de grande alegria ter encontrado os seminaristas bem de saúde e empenhados no seu trabalho.

De passagem por Macau, apercebi-me melhor dos enormes desafios que a China lança à Igreja. Encontrei lá os meus colegas a braços com as inseguranças que uma missão que, humanamente falando, parece não ter claros horizontes nem futuro bem definido.»

De Ango, em pleno coração da África, no meio de conflitos sociais das terras revoltas do antigo Zaire, ali mesmo na fronteira com o Sul do Sudão em guerra há mais de 20 anos, escreve o missionário Alfredo Neres: «A nossa chegada a Ango provocou uma explosão de alegria e de esperança nos cristãos, que há três meses e meio estavam privados dos seus missionários. O terror ainda continua. Quando entrámos no pátio da missão, a desolação das desolações, tudo é desolação. Encontrámos os muros de pé. Um caos total. Não ficou absolutamente nada nas casas. Há 30 anos que tinha feito o voto de pobreza, mas só agora é que experimentei verdadeiramente o que significa ser pobre. Sem cama, sem colchão, sem lençóis; sem prato nem garfo, nem colher; sem panela nem tacho para fazer de comer. Sem nada na despensa. Sem uma cadeira ou banco para me sentar. Sem bacia para me lavar nem toalha para me enxugar. Até aqui éramos nós que ajudávamos os pobres. Agora são estes pobres, a quem falta quase tudo, que partilham connosco o pouco que lhes resta, para nos mostrarem quanto estão felizes por nos verem regressar para o meio deles. Penso na viúva do Evangelho a oferecer as duas pequenas moedas. Perante esta situação desastrosa, não cruzaremos os braços. Tudo isto não nos tira a paz. Estamos confiados na Providência, que não deixará que nos falte o necessário para o nosso serviço de anunciar o Evangelho a gente tão pobre e abandonada.»

Outro Invencível, o José Vieira, escreve da Etiópia: «Estou fino que nem um coelho. No meu regresso, fizeram-me uma festa a que até o cachorro se associou. É lindo ver a Igreja crescer e tomarmos parte neste crescimento. Se a nossa juventude compreendesse a alegria da missão, deixaria de lado essas alegrias feitas a martelo, que sempre nos deixam de coração vazio.»

E tu, Invencível que me lês, que pensas fazer de concreto neste mês de Outubro para que Jesus seja conhecido e amado por todos os homens da Terra? Não te parece extraordinário o ideal missionário? Nunca pensaste que Cristo te interpela também a ti para que, empenhando-te na mesma missão, partilhes também da mesma alegria?

Se não sentes coragem para partir como tantos outros, lembra-te que podes colaborar com a tua ajuda na tua paróquia. Podes divulgar a imprensa missionária. E, se ainda o não fizeste, é mais que tempo de assinar alguma revista ou de comprar algum livro que te ajude a viver ao ritmo da missão."

Invencíveis
Outubro de 1997

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Um Mundo ao Contrário

É pá... no meio do estudo, dos livros de História, de reis absolutistas e nobrezas mercantilizadas, apeteceu-me falar de coisas importantes.
Apeteceu-me falar de Deus. Parte em que vocês pensam: e desde quando é que divagar sobre Deus, que nunca viste sequer, é mais importante do que o teste que vais amanhã e cuja nota vai pesar na tua nota do final de período? E a minha resposta: não sei desde quando, mas ainda bem que neste momento o é.
Estava-me a lembrar... no outro dia na catequese estivemos a relembrar os nove anos que já passámos lá... vimos as nossas caras pequerruchas nas fotografias e os trabalhos que fizemos com 7, 8 anos... Houve um que me chamou à atenção. Questionava-nos "quando tínhamos fé em Deus". Ora, o que é que queriam que uma criança de 7 anos respondesse? A maioria disse que tinha fé em Deus quando tinha um teste e queria muito tirar boa nota. Houve uma que disse: "quando o meu cão estava doente eu tive fé, mas ele morreu".
Na altura descasquei-me a rir com o absurdo da afirmação... "é uma criança", disse a mim própria.
Mas depois estive a pensar... e reparei o quanto adulta aquela afirmação era. Reparei que aquela afirmação de miúda de 7 anos resume as "crenças" de tantos e tantos adultos que se dizem Cristãos. E senti-me triste...
Porque aquilo resume uma crença não em Jesus Cristo mas num ídolo que nada tem de boa notícia! Um ídolo que nos permite acomodarmo-nos no nosso medo de mudar, porque "Ele há-de resolver tudo", um ídolo omnipotente que substitui tudo aquilo que não podemos, aquilo que as nossas limitações humanas não nos deixam alcançar.

Reparei que este é o ídolo que aprendemos a adorar, não porque quem nos ensinou tenha culpa mas porque também aprendeu o mesmo daqueles que lhe ensinaram… reparei que é um ídolo que vai passando de geração em geração e que tantos aceitam porque dá jeito, mas que não nos faz feliz, porque não nos ama…

É triste. É triste que tantos deixem que o ídolo substitua o amor dádiva que é Deus, é triste que não reparem na revolução que Ele pode causar na nossa vida se estivermos realmente disponíveis. É triste que não sintam a sensação de liberdade que nos vem quando Ele faz eco na nossa vida. É triste que não percebam que Ele é divino porque é verdadeiramente humano e que o ponham em grandes altares celestes, com vestes caras e sorriso altivo numa lógica que é de tudo menos de amor…

É triste que não percebam que Ele pode derrotar os nossos próprios impossíveis, se não ficarmos de braços cruzados à espera que o faça sozinho…

Mas sabem o que é que é muito bom? É eu poder partilhar com vocês o Deus que eu vou tentando conhecer cada vez melhor, aquele Deus que me mostra todos os dias um mundo ao contrário, mas um mundo que me faz profundamente feliz.



Pediram-me para pôr este texto no blog do Mel... estivemos a reflectir sobre este assunto na última reunião, em que alguns estavam para Espanha.


A Ana Clara depois mandou um mail que tem tudo a ver, com uma frase que tinha lido num livro...

"Deus move o céu inteiro naquilo que o Ser Humano é incapaz de fazer,
mas não move uma palha naquilo que a capacidade Humana pode resolver!"


Se quiserem partilhar... estão à vontade ;)