No Encontro da nossa Comunidade MEL desta semana fizemos uma viagem no tempo… Seguindo as “coordenadas bíblicas” do Povo de Israel que foi caminhando para a frente com os olhos postos na sua história, de modo a ler e aprender com os acontecimentos passados…
Revendo “A História de Deus Connosco” que nos é contada por este povo que nasceu no Êxodo, percebemos como foi descobrindo um rosto de Deus surpreendente: apaixonado e comprometido por um bando de escravos (no Egipto), capaz de rasgar a meio todos os impérios opressores e construtores do mal (no Mar Vermelho), que faz Aliança com o seu Povo e mostra que o definitivo é o Perdão (no Deserto).
Percebemos com David e sua descendência porque é que o “descendente de David” era esperado como o “Ungido” (em hebraico: meshiah; em grego: Kristós), como Dom de Deus ao Povo para que acontecesse o ultimo desígnio da Sua Aliança: a unidade. Percebemos também como é que nasceu a chamada Esperança Messiânica no seio deste Povo, quando se deu conta que afinal, nem David, nem seu filho, cumpriu a promessa de Deus e que tinham que esperar… Sim, os Profetas sempre alimentaram essa Esperança!
Mas, o que a história reservou a este Povo foi uma sucessão de desilusões e cativeiros… uma história dolorosa em que o sofrimento foi marcando a Fé e a Esperança das pessoas…
Assim, começa a surgir durante o exílio na Babilónia (que durou cerca de 90 anos), a Esperança no “Dia da Ira de Iahvéh”. Colocando-nos no lugar deste povo “aprisionado”, impedido de ser quem era, “apertado por todos os lados”, percebemos como são normais estes desejos de “justiça vingativa” no Coração de gente que, geração após geração, sentia o travo amargo dos exílios.
Pois é, por causa da divisão do Reino de David e do incumprimento da Promessa de Deus, tinha surgido a Esperança do Messias. Agora, por causa dos sofrimentos consecutivos do Povo, surgiu a Esperança do Dia da Ira de Iahvéh. Poucos séculos antes de Jesus, estas duas “esperanças” já eram só uma: “quando chegar o Messias, ele é que realizará o Dia da Ira de Iahvéh!”
Era assim que João Baptista anunciava o Messias (no Evangelho do passado Domingo): “Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da Ira que está para vir? O machado está posto à raiz das árvores, e toda a árvore que não dá bom fruto é lançada ao fogo.” (Mt 3, 7 e 10)
Jesus, que seguiu e escutou João, não se reconhecia, no entanto, inspirado a realizar essa Ira do Senhor…

Hoje, Jesus, o seu Evangelho pede-nos: Vigilância = Esperança em Acção!
E o desafio para esta semana foi lançado… Ficar Alerta! Alerta! Ler uma carta que foi dirigida a cada um de nós, escrita pela nossa amiga Mª Emilia… e com ela procurarmos perceber a que é que estamos atentos? Estamos Vigilantes? Com o quê? Com quem? Como?
Lançado o desafio… é hora de nos pormos em acção e irmos partilhando a nossa Esperança em Acção... pois a nossa partilha pode suscitar essa Vigilância noutros!
Tenhamos uma Semana Sempre Alerta!