Às vezes precisámos ouvir o silêncio...

para vermos que a realidade se constrói muito para além de nós. Os poucos m3 que nos rodeiam expandem-se assim mais além e não somos apenas um interagindo com o Mundo, mas o Mundo em nós.Nas histórias de Fé e Confiança este desprendimento do nós está muitas vezes presente, quando escutámos:

Rom 15, 7 - 13: Acolham-se uns aos outros, como Cristo vos acolheu, para a glória de Deus. Digo a vocês que Cristo se tornou servidor dos judeus em vista da fidelidade de Deus, a fim de cumprir as promessas feitas aos patriarcas. As nações pagãs, porém, dão glória a Deus por causa da misericórdia dele, conforme diz a Escritura: «Por isso eu te celebrarei entre as nações pagãs e cantarei hinos ao teu nome.» A Escritura também diz: «Nações pagãs, alegrem-se com o povo de Deus.» E diz ainda: «Nações pagãs todas, louvem ao Senhor, e todos os povos o celebrem.»
Que o Deus da esperança vos encha de completa alegria e paz na fé, para que vocês transbordem de esperança, pela força do Espírito Santo.

Será que isso a que chamámos dar-se quer ser uma anulação do nosso holofote para que brilhe o outro, o do Amor? Ou será que a dádiva não é mais do que uma extensão desse mesmo holofote através de nosso?

"Eu sou o Sal da Terra. Eu sou a Luz do Mundo!"

Da última vez que me lembro, o Mundo tinha dinâmicas e vida própria. Será que por isso anda a esquecer-se dessa Luz?
Na dança da realidade, onde as cores das roupas se cruzam com os sons das palavras, todos temos algo a dizer. Interessa, sim, perceber se as nossas palavras são desenhadas por fios de mel ou moldadas por malha de aço. Aquecidos e dóceis pela Luz ou frios e humilhados na escuridão... Nunca teremos certamente os dois!

Ás vezes precisamos estar no silêncio... para vermos que realidade sai de nós e se funde com o Mundo!

No sentido de Evangelizar não só por palavras, mas também por gestos, a proposta para esta semana seria, após o nosso momento de silêncio, encontrarmos uma palavra, que poderia ser tão simples como um "olá" e que a puséssemos em prática, num gesto/atitude concretos, que reflectissem um pouco o que lemos. Afinal ser Cristão não é apenas nas grandes coisas, mas também nos pequenos momentos diários. Fica ainda o desafio de, se o quisermos, partilhar entre nós como foi esse momento (via mail).