terça-feira, 11 de dezembro de 2007

A Caminho… com Esperança e Sempre Alerta!

No Encontro da nossa Comunidade MEL desta semana fizemos uma viagem no tempo… Seguindo as “coordenadas bíblicas” do Povo de Israel que foi caminhando para a frente com os olhos postos na sua história, de modo a ler e aprender com os acontecimentos passados…
Revendo “A História de Deus Connosco” que nos é contada por este povo que nasceu no Êxodo, percebemos como foi descobrindo um rosto de Deus surpreendente: apaixonado e comprometido por um bando de escravos (no Egipto), capaz de rasgar a meio todos os impérios opressores e construtores do mal (no Mar Vermelho), que faz Aliança com o seu Povo e mostra que o definitivo é o Perdão (no Deserto).
Percebemos com David e sua descendência porque é que o “descendente de David” era esperado como o “Ungido” (em hebraico: meshiah; em grego: Kristós), como Dom de Deus ao Povo para que acontecesse o ultimo desígnio da Sua Aliança: a unidade. Percebemos também como é que nasceu a chamada Esperança Messiânica no seio deste Povo, quando se deu conta que afinal, nem David, nem seu filho, cumpriu a promessa de Deus e que tinham que esperar… Sim, os Profetas sempre alimentaram essa Esperança!
Mas, o que a história reservou a este Povo foi uma sucessão de desilusões e cativeiros… uma história dolorosa em que o sofrimento foi marcando a Fé e a Esperança das pessoas…
Assim, começa a surgir durante o exílio na Babilónia (que durou cerca de 90 anos), a Esperança no “Dia da Ira de Iahvéh”. Colocando-nos no lugar deste povo “aprisionado”, impedido de ser quem era, “apertado por todos os lados”, percebemos como são normais estes desejos de “justiça vingativa” no Coração de gente que, geração após geração, sentia o travo amargo dos exílios.
Pois é, por causa da divisão do Reino de David e do incumprimento da Promessa de Deus, tinha surgido a Esperança do Messias. Agora, por causa dos sofrimentos consecutivos do Povo, surgiu a Esperança do Dia da Ira de Iahvéh. Poucos séculos antes de Jesus, estas duas “esperanças” já eram só uma: “quando chegar o Messias, ele é que realizará o Dia da Ira de Iahvéh!”
Era assim que João Baptista anunciava o Messias (no Evangelho do passado Domingo): “Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da Ira que está para vir? O machado está posto à raiz das árvores, e toda a árvore que não dá bom fruto é lançada ao fogo.” (Mt 3, 7 e 10)
Jesus, que seguiu e escutou João, não se reconhecia, no entanto, inspirado a realizar essa Ira do Senhor…

Hoje, Jesus, o seu Evangelho pede-nos: Vigilância = Esperança em Acção!

E o desafio para esta semana foi lançado… Ficar Alerta! Alerta! Ler uma carta que foi dirigida a cada um de nós, escrita pela nossa amiga Mª Emilia… e com ela procurarmos perceber a que é que estamos atentos? Estamos Vigilantes? Com o quê? Com quem? Como?
Lançado o desafio… é hora de nos pormos em acção e irmos partilhando a nossa Esperança em Acção... pois a nossa partilha pode suscitar essa Vigilância noutros!

Tenhamos uma Semana Sempre Alerta!

4 comentários:

Anónimo disse...

Pois é... eu que supostamente estou de férias... não tenho tido tempo para parar... (imagino o resto do pessoal!) ...é incrível como as horas e os dias passam tão fugazmente...
Na minha Vigilância, tenho me apercebido como é fácil passar sem olhar para as pessoas, para as coisas...
Como é fácil passar os dias sem fazer a diferença nas minhas relações humanas (familiares, de amizade,...)
Como é fácil viver cada dia a pensar no que tenho que fazer, no que já devia ter feito e naquilo que já sei que não vou ter tempo para fazer... enfim... sem sequer pensar em Ti, meu Deus... Sim, preferia deixar-me levar por outras correntes, estar mais alerta para que a Tua Palavra aconteça mais vezes na minha Vida hoje, e Tu sabes, como adoro quando isso acontece... e não tem sido poucas vezes ultimamente...
Pois é, a minha Vigilância de hoje mostra-me, acima de tudo, que não é fácil ter a cabeça, o coração, as mãos e os pés sempre alertas, mas sei que não vale a pena ficar de braços cruzados, só à espera!
Tenho que me pôr mais em acção!
Confio em Deus e já está!

Teresa Valente, mel

Ana Ascensão disse...

Acendam-se as luzes do farol...abram-se os meus olhos...

Quero estar alerta e sempre vigilante...

Vou estar vigilante para comigo...
Vou vigiar os meus passos...
Vou estar alerta para com os diversos caminhos que me vão surgindo...
Vou estar alerta para Contigo, para te entender e conhecer melhor...

Vou estar alerta para com o AMOR...para com aquele que possuo e aquele que ponho ao dispor dos outros...para que ele seja sempre o mais verdadeiro possível...

Vou estar alerta para não cair numa vida sem sentido...

ALERTA...ALERTA...ALERTA...ao longe avista-se a felicidade...

Inês disse...

Se estou vigilante? Eu gostava de dizer que sim, mas tenho medo de estar a mentir... Tento estar, é verdade, mas sei perfeitamente que às vezes as coisas passam-me mesmo à frente do nariz e eu não as vejo! As oportunidades estão à minha frente e eu não as aproveito! Aquelas coisas...

Com o que é que eu estou vigilante. Boa pergunta. Não sei! Acho que principalmente comigo própria. Gosto de estar vigilante para comigo, de ter auto-crítica e perceber em cada momento o que fiz de errado, o que podia ter feito para fazer os outros sorrir. E tento também estar vigilante para reparar se Deus está ou não a ter um lugar privilegiado na minha vida... e noto muitas vezes que não! Acho que uma coisa está dependente da outra, porque se Deus tiver um lugar privilegiado na minha vida, automaticamente posso fazer os outros sorrir... porque vivo a minha vida com base no Amor.

Como é que eu estou vigilante. Hm... só perguntas difíceis. Tento não cruzar os braços.
Porque reparar se faço ou não os outros sorrir é fácil, reparar se Deus tem lugar na minha vida também é fácil mas fazer alguma coisa por mudar é que é mais complicado!
"Nada acontecerá em mim, sem mim"... Por isso tento pôr-me a caminho, para que o estar vigilante tenha algum resultado...
Ele não vai fazer nada no meu lugar. Não existe para me substituir, mas para me dar forças radicalmente diferentes para enfrentar as coisas!

Acho que já respondi a tudo... Obrigada pela proposta, fez-me bem pensar nestas coisas!

Beijos para todos *

Mafalda disse...

Finalmente arranjei 5 minutinhos para vir comentar ou lá como se diz.
Este ano descobrir realmente o sentido de estar Alerta. Nestes últimos anos não entendia o porquê do vazio que sentia durante esta época.
O “lenço caiu-me” no início do mês de Dezembro quando me apercebi que o ano passado já tinha feito todas as minhas compras de Natal, e pensava eu que era feliz! Achava realmente que os outros gostavam de mim apenas pelo valor da prenda que recebiam. Eu andava em alerta, não pensem que não, mas era para mim, para as minhas necessidades e andava a “pregar” na catequese que era preciso amar, preparar o nosso coração para O recebermos, e no fim da missa “desligava” completamente.
Até que dei conta que já não sou assim. Percebi o porquê de não me apetecer fazer a árvore de Natal nem o presépio, porque não preciso disso, porque o posso fazer e viver no meu coração nas atitudes que tenho para com os outros.
Vou estar ALERTA para os outros e com os outros para, dentro na nossa comunidade, crescer o mais possível.

Obrigado aos Melosos
Bjinhos